Governo começa tratativas com integrantes da ocupação Mariele Franco


Desde de 2021, mais de cem famílias ocupavam uma Área de Proteção Ambiental (APP) entre os bairros Irineu Serra e Defesa Civil conhecida como Terra Prometida.

Por meio de conversas com os ocupantes e com o governo estadual, militantes do partido Cidadania buscavam um forma de auxiliar diplomaticamente, mesmo com a ordem de retirada das famílias do local. Dirigentes da sigla partidária apresentaram uma proposta para o movimento dos Trabalhadores Sem Terra e para o governo estadual.

Na manhã desta quinta-feira, representantes do partido, dos movimentos sociais, dos sem terra e do governo iniciaram as tratativas de construção de moradias populares para contemplar as famílias que ali viviam de forma irregular. O projeto será desenvolvido por meio do programa Minha Casa Minha Vida, onde serão construídas 270 unidades habitacionais entre casas e apartamentos.

“Nossa expectativa é construir um projeto de qualidade para as famílias, que em sua maioria recebem de um a dois salários mínimos por mês. São essas pessoas que definirão, por exemplo, onde vai ficar o banheiro e o tamanho dos quartos. O grande diferencial do Entidades é o protagonismo dos moradores”, explicou o integrante da coordenação nacional do MTST, Felipe Vono.

Devido a exigências do aluguel social não alcançar a todos, parte dos que receberão suas moradias ficarão a princípio recebendo apoio na casa de parentes e o poder público também auxiliará enquanto o governo faz os levantamentos e projetos.

“Estamos fazendo o levantamento da área, fornecendo os nossos projetos de casas e apartamentos populares, além de orientação do plano diretor da cidade e outras demandas pertinentes”, pontuou Leonardo Neder, diretor técnico da Secretaria de Habitação e Urbanismo (Sehurb).

Para o representante do Cidadania, o problema poderia ter sido evitado se tivessem aberto diálogo entre os envolvidos e não permitir que interferência política alimentassem o mal estar entre os envolvidos.

“O partido buscou uma solução diplomática e não política da situação que se agravou com a retira dessas pessoas. Devido estarmos em diálogo com as famílias, fomos convidados a mediar essa situação e hoje conseguimos dá um encaminhamento positivo para todos os lados. Precisamos lembrar que existe a diferença entre politicagem e políticas sociais, e foi em busca de uma solução social que conseguimos fazer juntamente com o Calixto que oportunizou essa conversa com o governo”, destacou Jandyr Rosas, dirigente do Cidadania.

Moradora da ocupação, Rakelene Santos se disse mais aliviada após encontrarem uma solução.

“Depois de muitas lutas, incertezas e o medo de sermos despejados, estamos felizes e gratos por tudo o que está acontecendo. A partir de hoje, podemos deitar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilos, além de ter a confiança que teremos o nosso lar”, declarou.


Com informações da Agência de Notícias do Acre.

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