Depois de temporada fechado para balanço, esta velha máquina
tida como coração volta a pulsar como a cabeça do dedo mindinho ao acertar a
quina da mesa. Sim, pulsante e dolorido, pois amar causa palpitações, “suadeira”
nas mãos e incertezas causadas pelos demônios que criamos com os moinhos de
vento.
Aos que conhecem nossas histórias, sabem das investidas frustradas
que só serviram para calçar o caminho dos jovens mancebos a casarem com as
costelas da criação que desejamos e sonhamos ter. Esses relatos pessoais e
compartilhados se assemelham ao caso do Ébrio, onde o cigarro do abando fora
curado a base de psicologia de boteco.
Com as mudanças os botecos também mudaram, das primeiras
sessões curadas na beira do parque do tucumã, foram transferidas para padaria
chic da cidade, acompanhada pela doutora general, que com seus ouvidos de ouro
recomendou o retorno desta coluna semanal.
Com uma mistura de Lulu Santos com seu último romântico e la
belle de jour do experiente Alceu Valença, vamos tocando essa bagaceira
com traços de adolescente no ato de segurar e acelerar no caminho que se busca
viver a dois.
Nada mais avassalador do que uma
morena de tubinho, chegando a ser mais perigosa que as curvas dessas estradas,
pois o estrago que faz com a mente e o sistema nervoso, é capaz de deixar o
mais bruto de nós a babar. Sem ter o que argumentar, acatei a medicação e agora
volto a pentelhar aos leitores deste espaço digital.
Agora é seguir o conselho do
Almir Guineto “...Tem que
lutar, não se abater; Só se entregar a quem te merecer; Não estou dando nem
vendendo; Como o ditado diz; O meu conselho é pra te ver feliz...”
Victor Augusto Nogueira
de Farias é
jornalista, fotojornalista, radialista, empresário, rotariano e acreano do pé
rachado.