Chame Chame na CPI
O convocado a participar da sessão da CPI do transporte nesta
terça-feira(22) foi o ex-prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre (PT) que
ficou no centro da sabatina feita pelos vereadores que integram a comissão,
onde respondeu todos os questionamentos e contra golpes disfarçados de “colaboração
para reflexão”.
Responsabilidade I
Uma tecla muito batida pelos parlamentares foi o porquê de o
ex-chefe do executivo não ter tomado uma atitude enérgica com as empresas de
transporte público, onde segundo eles, Marcus teria deixado uma bomba para o
prefeito Tião Bocalom (PP). Assim como não tomou uma postura quando as empresas
passaram a atrasar os encargos previdenciários dos trabalhadores.
Responsabilidade II
Marcus informou que os contratos antecediam sua gestão, foi
franco ao explicar que existem clausulas que orientavam a suspender as
atividades das empresas a qualquer momento, mas que não via justificativa plausível
que fizesse causar transtorno naquele período, pois mesmo com falhas existentes,
o sistema funcionava e havia circulação de pessoas, o que não pode ser
comparado ao momento da gestão do atual prefeito que assumiu com uma pandemia. Assim
como os funcionários deveriam ingressar com ação no ministério do trabalho,
pois a prefeitura não é responsável pelas contratações. O que ele está correto!
Dedo dentro
Outro ponto abordado pelos vereadores foi a questão dos
valores da tarifa sempre aumentarem e nada era feito. Mais uma vez Marcus
deixou claro que seguia o que era estabelecido pelo conselho tarifário, mesmo
sendo a sua palavra a final, precisava do sistema funcionando para não deixar
que ocorre-se o que está acontecendo hoje, que enquanto discutem uma possível solução
ou insistem nos mesmos pontos, existem pessoas esperando a horas nas paradas. Vale
lembrar que o conselho tem na sua maioria empresários.
Culpa cabível
Um parêntese nessa participação do ex-prefeito deve ser feita
e a Câmara Municipal assumir sua parte na culpa pela problemática do aumento de
passagens. Um dos pontos a se dá é a falta de convencimento dos parlamentares
da época em deixar aprovarem sem um argumento plausível e só levarem as paixões
partidárias, já o outro se dá pela irresponsabilidade em se apresentar um
grande número de gratuidades sem levar em consideração os impactos financeiros
e sem uma visão mais técnica. Olharam mais o crescimento eleitoral do que os
cuidados em geral.
Dois pesos
Em dado momento a sessão se tornou quase um momento de quinta
série, que na falta de habilidade em questionar Marcus Alexandre (PT) que havia
dito ser responsável somente pelo período em que esteve à frente da prefeitura
e que entregou tudo funcionando, a vereadora Lene Petecão (PSD) tentou atribuir
a culpa por ter escolhido a sua vice-prefeita. Cada um que sentou na cadeira da
prefeitura tem a sua responsabilidade. Já pensou se por conta de um vereador
ser apontado de praticar “rachadinha”, todos também fossem classificados como
tal? Dois pesos e duas medidas.
Direita e esquerda
Marcus Alexandre (PT) também não deixou barato, colocou um “ponto
de reflexão”, lembrando que o transporte foi incluído como uma das prioridades
que todos tem o direito de acesso, mas é o parlamento federal quem poderia
apresentar saídas para que o município pudesse melhorar até a oferta e atraindo
empresas para trabalhar como a redução do ICMS do combustível, destinação de
recursos que mantivessem todas as demandas.
Escolinha
Engana-se quem pensa que pega Marcus Alexandre (PT) pela mão
como se fosse despreparado. O ex-prefeito por mais que estivesse andando a
cidade toda, sabia de cabeça todos os dados e informações. Sua participação na
CPI foi mais orientativa do que para responder aos mesmo questionamentos, como
deu o caminha a procurarem a RBTrans para conferirem as informações que ele
dava.
Assuma os atos
Vale lembrar e destacar sua fala durante a sessão, que ele
pediu para ser prefeito e assumiu as responsabilidades do cargo enquanto esteve
à frente da prefeitura. O mesmo deve ser feito por quem está na mesma cadeira
que ele ocupou, como quem pediu para ser prefeito que assuma suas
responsabilidades e dificuldades para o momento. O famoso sem choro e nem vela,
assim como assuma os seus B.O.s.
Fogo caseiro
Nessa deixa do ex-prefeito para falar do atual, Tião Bocalom
(PP) da margem para críticas como ninguém, como se preparar para viajar e
mostrar um turismo que Rio Branco não tem, onde ele enxerga o Conselho
Municipal de Turismo (Comtur) como se ainda fosse a presença da sua
antecessora. A cidade alagando e ele preocupado em levar suas mudas de café
para sua fazenda e depois se preparando para viajar a qualquer momento.
Destaque Militar
No meio desses tiros no pé do Bocalom (PP), devemos destacar
a atuação exemplar da Defesa Civil na pessoa do Cel. Falcão, que diga-se de
passagem esteve presente em todos os pontos críticos, mais do que a
vice-prefeita que ninguém sabe onde está e ninguém viu. O militar faz jus a seu
nome, como uma grande ave está atento a tudo para agir no momento certo e não
deixar ninguém desassistido.
Estamos de Olho
Na semana passada falamos a respeito de como alguns
empresários estão colocando gestores em risco por incorrerem pela ilegalidade e
levados ao erro, como ganharem licitações de publicações, onde existe a exigência
de se ter no mínimo 400 exemplares circulando em todo o Estado. Acontece que só
tem um jornal impresso no Acre e não é ele que está publicando conforme a Lei
manda e não existe amparo legal que de a validade de publicação por meio de PDF
ou internet. PDF é a arte final que deveria ser mandada para impressão. Se não
existe impressão, é ilegal. Segundo informações de bastidores, o governo já
cancelou essas tais publicações já que não existem exemplares. Denúncia foi
feita ao Tribunal de Contas do Estado.