Como jornalista tenho com um dos princípios quase que acadêmicos, que como profissional devo passar na história como observador das coisas e fatos que montando a própria história como testemunha ocular, porém sem me meter.
Mas estamos vivendo tempos tão difíceis que o lado
profissional começa a ser sufocado pelo lado cidadão, incomodado com uma série
de coisas que acontecem a meu redor. Sejam elas no campo profissional, lado político,
lado social e até o lado humano.
Acabamos de renovar as esperanças e expectativas com a
entrada de um novo ano, mais um ano que na vida dos acreanos se intensificará
com a proximidade das eleições, onde escolheremos um novo governador ou
reeleger, novos deputados estaduais, deputados federais, senador(a) e o Presidente
da República.
Nesses últimos três anos dos quatro que se encerraram nesse,
como fomos carentes de lideranças políticas, como fomos lotados de cards e
banners anunciando investimentos milionários que estariam nas contas do governo
estadual e das prefeituras do Acre, mas não conseguimos enxergar os tais benefícios.
Com exceção de Cruzeiro do Sul e Brasiléia que deram um exemplo de gestão.
Posso constatar pelo nível de buscas de alguns colegas por
nomes a serem entrevistados em programas de televisão, rádio e até internet. Estamos
sendo enterrados aos poucos com aumentos assustadores e não enxergamos saídas,
como a tal promessa de que com a saída da ponte ligando o Acre ao restante do
Brasil por Rondônia ou sermos passagem do Peru e Bolívia.
O estado vizinho conseguiu a redução da cobrança de energia
de até 11% enquanto nosso Acre de guerra teve um aumento próximo dos 30% se
formos juntar todos. Falta uma solução política, falta um suporte dos órgãos fiscalizadores.
Todos buscam justificar sua inercia na “falta” de provocar por meios legais de
justiça. Justiça essa que só beneficia quem tem metido cada vez mais a faca.
A energia não é a única problemática nas terras acreanas. Falta
medicamentos que já deveriam estar nas unidades de saúde, porém pela falta de
interesse e celeridade, a burocracia é o escudo para tentar amenizar a incompetência
de quem deveria estar à frente da gestão, sem se importar com quem agoniza na
ponta da linha. Que só pode ter dois caminhos, a cura por decisão de força
divina ou o caminho de sete palmos abaixo da terra.
Tudo isso e muitas outras coisas vem somando e extrapolando a
possibilidade de ficar quieto. Se você fala contra um, você apoia o outro e ao
contrário da mesma forma. Voltamos aos tempos das polarizações. Eu não escolhi
o lado vermelho e nem voltarei a escolher o que sequestrou os símbolos do país
como sendo seus. Bastou um erro e não posso repetir.
Que Deus nos guie para acertarmos nas escolhas que faremos e
que aqueles que vendem seu voto, possam repensar dobrado, pois tenho certeza de
que estão amargando duas vezes o péssimo negócio que fez pela maioria.
Que comece 2022 com pensamentos positivos e paz entre as
pessoas.
Victor Augusto é jornalista, radialista,
sindicalista, acadêmico de direito, rotariano e acreano do pé rachado.
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