Portanto, é bem importante ter em mente o destino que você quer chegar para que possa se planejar e se capacitar para isso. Suponhamos que você esteja trabalhando e deseja progredir nesta organização.
É importante entender como funciona a empresa na sua totalidade e olhar além do próprio “umbigo”. Compreender o segmento de atuação da empresa, missão, valores, visão, concorrentes, percepção dos clientes internos e externos, como se relacionam os departamentos, o que exatamente cada um faz, a importância da sua função, dentre outros.
Lembrando que, você deve investir na sua marca pessoal antes de tudo. Não seja reconhecido pelo cargo que ocupa na empresa x, mas sim, pelo seu próprio nome e diferencial competitivo, porque, se, por ventura você sair dessa empresa, já construiu a sua “identidade” e reputação perante o mercado.
Arthur Bender, em seu livro, Personal Branding – Construindo a sua marca pessoal, cita um trecho que traduz bem essa temática:
Como você quer ser reconhecido? De que forma você imprime a sua marca por onde passa?
Por muito tempo da minha trajetória, eu acreditava que bastava ingressar em uma grande empresa para ser feliz profissionalmente. Eu carregava o nome da organização orgulhosamente. Passei a ser uma propulsora da marca dos outros e esqueci da minha.
Eu não estava satisfeita e acabava colocando a culpa de tudo nos demais e nunca nas minhas escolhas, justamente porque eu não sabia o rumo a seguir e nem estava preocupada em descobrir.
Comecei a me tornar uma “sobrevivente”. Não planejava meus próximos passos e vários questionamentos rodeavam a minha cabeça, como: o que vou fazer se for demitida? Será que eu tenho diferencial? Mesmo infeliz, vou continuar aqui porque não vou conseguir um novo emprego.
Não me dei conta que passei a creditar toda a minha confiança no cargo que estava ocupando e apostando todas as minhas fichas no “estar” e não no “ser”.
Quando eu estava em busca de recolocação, cavei um grande buraco e não reagia. Era como se tivessem esgotado todas as possibilidades. Eu não tinha a mínima vontade de me redescobrir.
O ato de escrever, por exemplo, sempre foi um hobby e nunca passou pela minha cabeça que eu pudesse conseguir oportunidades através dele. O meu autoconhecimento aconteceu quando parei de terceirizar as culpas e agir em prol de mim mesma e não pela posição ocupada (ou falta dela).
Traçando Estratégias de Marca Pessoal
Imagine-se como um produto a venda. Qual seu diferencial entre tantos outros produtos? Cada indivíduo é único e tem as suas particularidades. Então, a forma como você conta a sua história, faz toda a diferença.
Segundo Peter Montoya e Tim Vanderhey, autor do livro - A Marca Chamada Você, existem alguns pontos que você precisa saber:
1. Criar uma marca leva tempo – Observe a trajetória de Oprah Winfrei, antes de se tornar um ícone mundial dos meios de comunicação, ela passou anos atuando em um programa de entrevistas e foi construindo a sua imagem perante o público;
2. Marcas crescem organicamente – Esse crescimento vem através da credibilidade e confiança que se constrói através dos relacionamentos e na coerência do que a pessoa por trás da marca transmite;
3. Marcas não são racionais: Marcas lidam com emoções. É Preciso levar em consideração a natureza irracional das nossas decisões na construção da sua MP.
4. Marcas exigem comprometimento absoluto – Você precisa se mostrar, ser persistente e constante. Não existe fórmula mágica, mas sim, muito trabalho e estratégia;
5. Marcas sempre têm efeito: Dependendo do modo como você se posiciona, esses efeitos podem ser positivos ou negativos. Então, como você quer ser percebido?
Neste processo surgirão inúmeros questionamentos e isso é muito bom para você ter essa percepção mais aprofundada a respeito de si mesmo. Pergunte-se sobre o que realmente gosta? Quais os projetos ou atividades que você exerceu com afinco e vontade? Em quais conseguiu resultados efetivos? Você trabalha melhor com o que exige habilidades técnicas ou comportamentais?
Kjell A. Nordstrom e Jonas Riddertrale mencionam em seu livro – Funky Business - Talento Movimenta Capitais que, “A vantagem competitiva está em ser diferente. Hoje, a única coisa que faz o capital se movimentar é o talento”. Portanto, é fundamental que você reconheça o seu diferencial e o que te torna singular. Eles mencionam ainda a lógica da hifienização, que consiste em pensar nas palavras: formação – habilidades – competências – paixões e dessa forma você consegue definir o que te destaca.
Por exemplo: Recursos Humanos – Mãe - Produtora de Conteúdo – Apaixonada por escrever e por contribuir com as pessoas.
Faça esse exercício e depois me conta: como ficou o seu?
Onde estou e o que faço para chegar onde desejo?
Bender, menciona que, “se você tem metas e objetivos, mas não tem estratégia, desculpe, ainda não tem absolutamente nada”.
Não adianta apenas listar os seus sonhos se você não se move. A mudança requer ação. Portanto, estude o que você precisa fazer para sair do Ponto A e chegar no Ponto B. Mantenha seus pés no chão e cerque-se o máximo possível de informação. Converse com pessoas que na sua opinião, “chegaram lá” e bata um papo para extrair insights dessa trajetória e como podem se aplicar na sua construção.
Pense em uma corrida de obstáculos, você precisa saber como transpô-los para chegar onde deseja. É necessário olhar todo o cenário, escolher as melhores táticas, traçar um planejamento prévio e assim chegar ao ponto desejado.
Muitas vezes, será necessário dar uns passos para trás para tomar impulso ou até mesmo começar tudo de novo... Mas o importante aqui é você assumir o protagonismo da sua existência e encontrar sentido (chamo de propósito) no que faz.
“Marca pessoal é sobre desenterrar tudo o que é verdadeiro e único sobre você e deixar todo mundo saber.” Dan Schawbel