Quando foi a última vez que você conseguiu fazer um churrasco
ou uma feijoada para reunir a família ou amigos de no mínimo dez pessoas? Difícil?
Quando foi a última vez que você conseguiu passar uma semana com cem reais? Uns
dirão que impossível puxar a memória com tantas coisas para pagar e que só aumentam.
O que motivou a falar a respeito do assunto que todos nós
estamos sentindo há um bom tempo, se deve as más escolhas que praticamos na
hora de dá o voto. Por que nossos vizinhos de Rondônia, tiveram uma redução de
quase doze por cento na redução da tarifa elétrica, enquanto o acreano tem que
apertar o cinto cada vez mais.
A conta de energia só aumenta, diversos valores são incluídos,
taxa que se multiplica. Uma casa com quatro pessoas, que só voltam para casa a
noite, onde o único aparelho ligado é a geladeira, chega a pagar quase dois mil
reais mês. Você vai olhar a descrição no talão e se duvidar, está pagando dívida
de antepassados.
Recentemente a vereadora Lene Petecão realizou uma audiência pública
com órgãos de defesa do consumidor, representação popular e Energisa. Como era
esperado, todos foram para cima do diretor da Energisa, mas a fala da promotora
Alessandra Marques quebrou qualquer mostrar de dentes.
Alessandra explicou que o município não poderia exigir um
termo de ajuste de conduta (TAC) para obrigar a distribuidora de energia a
diminuir, pois isso é competência federal, ou seja, um papel que deveria ser
cobrado pela bancada federal, os oito deputados federais e dos três senadores
do Estado do Acre.
Enquanto a população insistir em eleger parlamentares que só
pensam em fazer o mesmo feijão com arroz para te convencer que algo está sendo
feito, enquanto você não consegue comprar nem o feijão ou arroz porque tem que
juntar para pagar a energia, todos vamos pagando a conta tirando algo da mesa. Fora
a presteza em ficar de olho na rua para não ter o fornecimento cortado.
Entrar na justiça adianta? Ajuda a parcelar todos os débitos,
porque o cliente nunca tem razão e a ferramenta para mostrar a cobrança que é
nas urnas, logo poderão ser esquecidas pelos cinquenta ou cem reais do dia da
eleição. Sigamos a admirar os olhos verdes e azuis dos nossos parlamentes.
A disputa por um destaque nos meios de comunicação é tanta,
que na recente inauguração da fábrica de palmitos, quase tiram o governador da
foto.