No decorrer do dia decidi rever meus arquivos e ir limpando
para da espaço para coisas novas. E não é que acabei encontrando fotografias
dos tempos de faculdade, momentos vividos com colegas de estudos e que hoje são
colegas de profissão. Sem perceber ou quando me toquei a data da nossa colação
degrau, o momento quase passa batido.
No último dia vinte e seis de fevereiro, completei onze anos
que colei grau em comunicação social com habilitação em jornalismo. Parte da
emoção vivida foi revivida a cada passada de imagens. A ansiedade ao acordar
sabendo que ao final do dia aconteceria um ritual de passagem até o momento em
que subi para falar o discurso em nome da turma, da quebra de protocolo ao
agradecer meus pais, familiares e amigos que acompanharam no decorrer da
jornada de quatro anos.
Meus olhos marejaram com a recordação do momento em que
peguei o canudo das mãos do reitor, me virei e com lagrimas nos olhos entoei um
forte grito oferecendo aos meus pais como forma de gratidão por todas as
dificuldades vividas para ajudar a concluir as etapas até aquele dia.
Esse foi um dos dias de maior emoção vivida, onde a emoção
tomou de conta e me desabei a chorar por horas até dormir de tanta felicidade e
gratidão. Quem diria que aquele tímido rapaz buchudo seria jornalista, se
destacando entre a categoria até se tornar presidente de sindicato e
representante na federação.
Mesmo que os planos desenhados lá atrás ou momentaneamente
não tenham seguido como planejado, jamais esquecerei do esforço dos meus pais
para me ajudar e ao meu para concluir. Nem mesmo um tio me dizendo que era
profissão de fome me desanimou, na verdade me reforçou a seguir em frente.
Como os dias de quinta são dedicados a memorias, gostaria de
compartilhar essa com vocês. Sou grato a Deus pela possibilidade de me presentar com minha mãe, meu saudoso paizão, minha mana e minha madrinha, além dos amigos e amigas que tenho como irmãos.