Na capital acreana, os quase quinhentos mil habitantes irão eleger quem estará à frente da prefeitura e o os dezessete parlamentares. Estes serão responsáveis em fiscalizar, cumprir ritos e propor melhorias para a cidade em forma de indicação ou projetos de lei. Mas será que é somente esse o papel do parlamentar?
A limitação em desconhecer a real importância do parlamentar municipal não é algo exclusivo do eleitor ou dos novos candidatos, em alguns casos até quem já tem o mandato não consegue reconhecer o tamanho de seu papel diante da sociedade ou até quem está acostumado a fazer as coberturas de informações jornalísticas.
Tido como parlamento mirim, a Câmara Municipal de Rio Branco nos último dez anos foi protagonista das principais mudanças na cidade, porém diminuída por interesses políticos se analisados de forma mais aprofundada.
Uma nova era
O divisor de águas iniciou no parlamento na legislatura do ano de 2010, com a ida do professor e advogado Roger Correia, que passou a entrar na vida pública como suplente e mais adiante foi eleito presidente da Casa do Povo com a expressiva votação, acima dos candidatos que integravam a extinta Frente Popular Acreana (FPA), onde uma tradição do parlamento é a condução dos parlamentares mais antigos ou mais votados.
Roger trouxe modernidade para o parlamento, onde aliou sua experiência de sala de aula, agregando ao conhecimento jurídico, além de contar com a parceria do contador Marcelo Macedo como primeiro secretário. Juntos elevaram o nível técnico da câmara e incentivo a pessoas que estavam desmotivada com as legislaturas passadas. O presidente também tornou a Câmara mais próxima da população ao levar as sessões itinerantes, momento que as sessões ocorreriam nos bairros e a população falaria de suas demandas.
Os servidores do parlamento que em sua maioria ainda possuíam o ensino médio foram motivados a aprimorarem seus conhecimentos na base da meritocracia. Atualmente noventa por cento dos servidores possui ou estão cursando uma pós graduação. Enxugou a máquina, possibilitando uma economia de quase três milhões, onde pagou uma dívida da casa com seus servidores de mais de um milhão e devolveu a prefeitura um milhão e meio para ajudar nos custos da alagação de 2012.
Roger também levou o parlamento a era da internet com as transmissões das sessões em tempo real para quem estivesse em casa ou do trabalho para acompanhar as discussões e proposições feita pelos vereadores. Um dos maiores marcos da sua gestão e da legislatura foi a autorização de desapropriação de terras que seria cedida ao governo estadual para a construção do maior conjunto habitacional do Estado do Acre, a Cidade do Povo, que tiraria famílias de situação de risco em áreas de alagação ou de baixa renda. Além de possibilitar a realização do primeiro concurso público da câmara.
Pontos positivos
Outras mesas diretoras passaram e a cada legislatura como a proximidade de ações sociais, atenção e valorização da mulher, valorização profissional dos servidores, proximidade dos moradores da Câmara de Rio Branco como parlamentares, além de agregar instituições (estaduais, privadas, de classe e até de outros estados).
Um mandato que tem como foco principal e sem esquecer as demais áreas é o do vereador Dankar, que sempre bateu na tecla de valorização dos produtores rurais e possibilidade de melhorar as condições de quem vive da produção.
O presidente Antônio Morais seguiu o mesmo exemplo de seu antecessor, professor Roger, com quem começou o parlamento junto e enxugou a máquina em quase três milhões, onde mesmo sonhando juntamente com a vice-presidente Lene Petecão, mesmo sozinhos sonham em construir a sede própria da Câmara de Rio Branco, também disputarão seu terceiro mandato e se reeleitos, desejam voltar novamente membros da mesa diretora para poder de fato tirar a sede do papel para a criação do prédio, o que economizaria mais quatro milhões.
O seu papel
O horário das 7h às 10H será destinado preferencialmente a pessoas de idade, gestantes ou com alguma limitação física. O eleitor deverá ir de máscara, própria caneta para assinar o livro registro e o título de eleitor (de papel ou o aplicativo), além de um documento com foto.
Não deixe de votar, não terceirize a responsabilidade de escolha de quem nos representará. Muita gente boa acaba ficando de fora por conta da ausência do eleitorado. Para que tenhamos uma história diferente, precisamos fazer a nossa parte para não passarmos quatro anos reclamando de quem entrou.
