A resposta é
simples: mocinho! A menos que você apresente alergia ao leite (mecanismos
imunológicos contra as proteínas do leite) ou intolerância à lactose (processo
secundário à deficiência da enzima responsável pela digestão do principal
açúcar do leite).
O leite e seus
derivados constituem um grupo de alimentos de grande valor nutricional por
serem fontes consideráveis de proteínas de alto valor biológico, além de
vitaminas e minerais. O consumo habitual destes alimentos é recomendado,
principalmente, para atingir a adequação diária de cálcio, um nutriente
fundamental para a formação e a manutenção da estrutura óssea, entre outras
funções no organismo.
Segundo o
DEPARTAMENTO DE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS DO REINO UNIDO, 2018, um estudo feito com
50 crianças que evitaram o leite mostrou que elas tinham densidade mineral
óssea reduzida em comparação com 200 crianças que o consumiam. Além disso,
naquelas que evitaram o leite, as fraturas na infância foram mais comuns do que
na população em geral.
O leite menos
processado disponível para consumo é o pasteurizado, mais conhecido como “leite
de saquinho”, contudo, o leite em pó e o leite UHT (de caixinha) também podem ser
consumidos sem medo.
No entanto, fique
sempre atento para a lista de ingredientes presente nos rótulos dos alimentos.
Se a bebida apresenta Açúcar, Óleo, Maltodextrina na composição, trata-se de um
composto lácteo e não de leite propriamente dito.
Portanto, o
consumo de leite e seus derivados são totalmente seguros desde que você não
apresente nenhum dos problemas abordados no começo desse artigo. Esses
alimentos não são inflamatórios e tão pouco fazem mal à saúde, muito pelo
contrário, podem ser grandes aliados para auxiliar as mudanças de composição
corporal e saúde óssea.
Sabrina Santos Xavier é bacharelada em saúde coletiva (Universidade Federal do Acre – Ufac) e estudante de nutrição (Universidade Federal do Acre – Ufac).