Diante dos altos índices de infestação pelo Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, chikungunya e zika, o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), preocupado com a situação de emergência pela qual passam os municípios brasileiros, desenvolve ações de combate ao mosquito.
O objetivo é alertar membros e servidores, além do público externo, sobre a importância de eliminar os focos, bem como, para que sejam adotadas outras medidas preventivas.
Nesta semana, a pedido do procurador-geral de Justiça Oswaldo D’Albuquerque Lima Neto, uma equipe do Departamento de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde está vistoriando unidades do MPAC, em Rio Branco.
“Estamos realizando um trabalho categoricamente preventivo, tentando identificar possíveis criadouros e larvas do mosquito que possam se propagar e colocar em risco tanto os funcionários, visitantes e as imediações do prédio”, explica o supervisor de Campo de Entomologia da Vigilância Epidemiológica da Prefeitura de Rio Branco, Gilberto Serato.
Além da dengue, a preocupação maior é a associação do vírus zika com o aumento de casos de microcefalia, quando bebês nascem com o cérebro menor do que o esperado, e que pode comprometer o desenvolvimento da criança. Em novembro do ano passado, o governo brasileiro declarou estado de emergência em saúde pública.
Como parte das ações de combate ao mosquito, o MPAC também solicitou o serviço de ‘borrifação’ de seus prédios, que iniciará após a vistoria. “A melhor forma de evitar todas essas doenças é eliminando o mosquito, e isso nós só vamos conseguir se estivermos unidos, cada um fazendo a sua parte, seja no trabalho, em casa, no seu bairro”, comentou o procurador-geral, Oswaldo D’Albuquerque.
Sala de Coordenação e Controle
A Corregedoria Geral do MPAC recomendou a todos os promotores de Justiça que atuam na área da saúde, que adotem providências na esfera extrajudicial ou judicial, no tocante à implementação de uma ‘Sala de Coordenação e Controle’ para o combate ao mosquito Aedes aegypti, em todos os municípios do estado do Acre.
A sala deve ter a participação de representantes das prefeituras, Defesa Civil, Assistência Social, Secretaria Municipal de Educação, entre outros órgãos, e deve ser coordenada pela Secretaria de Saúde de cada município.
Kelly Souza- Agência de Notícias do MPAC
Fotos: Tiago Teles