"A grande saída
para a crise é a contratação da demanda internacional", afirma presidente
José Adriano Ribeiro
A
fim de superar as barreiras que atrapalham as relações comerciais entre o
Brasil - via estado do Acre - e o Peru, o presidente da Federação das
Indústrias do Estado do Acre (FIEAC), José Adriano Ribeiro da Silva, esteve
reunido na manhã desta quarta-feira, 2 de março, em seu gabinete, com o
empresário peruano Manoel Meza; o cônsul geral do Peru, Félix Vasques; o diretor
do setor de comércio e serviços da Secretaria de Estado de Desenvolvimento
Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens), João
Aníbal; e o responsável pela área de integração regional da Sedens, Rubens
Ortiz.
Para
Meza, que é do ramo de hortifruti, o Acre deveria ser um estado de serviço para
os mercados da China e sulamericano, via Peru e Bolívia. No entanto, apesar da
proximidade, ainda existem empecilhos para a concretização desta relação
comercial.
"Gostaríamos
de obter apoio da FIEAC para que seja feito um projeto de lei, via
parlamentares federais, para que, dentro de um limite de 1.500 quilômetros,
seja cobrada tarifa doméstica e não internacional pelos aeroportos do Acre, contemplando,
assim, as principais cidades do Peru", sugeriu o empresário. Ele afirma
que o país vizinho tem importado muita carne brasileira, sobretudo de Rondônia,
e a medida poderia facilitar e tornar ainda mais acessível o preço do produto.
De
acordo com Rubens Ortiz, já existe uma movimentação por parte do senador Jorge
Viana a fim de viabilizar a redução das tarifas para voos entre Acre e Peru. Ele
elogiou, ainda, a iniciativa das federações representativas do setor produtivo local
ao se unirem em torno do Fórum Permanente de Desenvolvimento Regional,
instituído na FIEAC no último dia 26 de fevereiro. "De forma inédita, no
estado do Acre, juntaram todas as federações - indústria, comércio, agropecuária
e de associações - em um fórum permanente de desenvolvimento. Nada melhor do
que estarmos aqui falando com um de seus representantes".
Adriano foi enfático: "A grande saída para
a crise é a contratação da demanda internacional", assinalou. Ele afirma
que por meio do Fórum a pauta ganhará força. "Criamos esse Fórum
justamente para estimular o desenvolvimento regional e a questão da integração
converge com os interesses do setor produtivo. Juntamente com os demais
representantes, faremos a produção dessa argumentação", garantiu o
presidente da FIEAC.