FIEAC convoca
instituições ligadas ao meio ambiente para tentar adiar aprovação de nova
resolução que tramita no Conama
Em
virtude da proposta de emenda que está em andamento no Conama (Conselho
Nacional de Meio Ambiente) e visa à redução do Coeficiente de Rendimento
Volumétrico (CRV) no processo de desdobro da tora em madeira serrada para
obtenção de produtos florestais, a presidente em exercício da FIEAC, Adelaide
de Fátima Oliveira, convocou uma reunião com instituições ligadas ao setor no
estado, a fim de definir um plano de ação para levantar dados que comprovem o
real rendimento das empresas locais e tentar adiar a votação da resolução ou,
mesmo, a sua retirada da pauta. O encontro ocorreu na tarde desta
segunda-feira, 15 de fevereiro, com a presença de representantes da Embrapa,
Funtac, Ufac, Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Ibama, Assimanejo e
de indústrias florestais.
A
medida, que segundo Fátima pode ser fatal para que as empresas madeireiras
acreanas fechem as portas, foi proposta pelo Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Serviço Florestal
Brasileiro (SFB), e vai ser apresentada no próximo dia 18 para votação no
Conama. A ideia é reduzir o índice de aproveitamento das toras de madeira dos
atuais 45% para 35%. "O setor já está passando por um momento delicado e,
com mais essa resolução, seria o fim para as empresas florestais acreanas. Mas
estamos nos unindo - Acre, Rondônia, Mato Grosso e Pará - e pedindo apoio aos
nossos parlamentares federais para pedir mais um prazo para apresentarmos
nossos rendimentos, pois isso depende de uma série de fatores - venda,
maquinário, lote de toras e espécie", explicou.
Na
reunião, foi elaborado um ofício em nome das instituições presentes para ser
levado a Brasília (DF) pelas mãos da empresária, que embarca nesta terça-feira,
16, para se reunir no Ministério do Meio Ambiente com os parlamentares e
representantes dos demais estados afetados pela resolução, para, assim, tentar
a retirada da emenda da pauta de votação. Também foi dado encaminhamento a um
plano de ação envolvendo a expertise de cada instituição para ser feito um
levantamento de cada empresa, seus produtos e rendimentos reais de tora.
O
secretário de Meio Ambiente, Edegard de Deus, informou que desde setembro do
ano passado o órgão assumiu toda a política florestal do estado, desligando-a
da Sedens. Comprometeu-se em reativar o Conselho Estadual Florestal e as
câmaras técnicas, a fim de garantir mais legitimidade às reformulações de
diversas ações, como a própria legislação do manejo. "Apoiamos a decisão
dos órgãos representativos do setor. É inconsequente o que está se tentando
fazer. O índice volumétrico varia muito entre as espécies e baixar para 35% é
inviável. Mais que isso, o governo vai apoiar os estudos necessários que vão
subsidiar os estudos dos índices volumétricos no nosso estado", garantiu.
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