A
FIEAC sediou, na manhã desta quarta-feira, 17 de fevereiro, uma reunião entre
empresários da indústria, o presidente da instituição - José Adriano Ribeiro da
Silva - e a Missão Técnica formada pela representante da Associação Vasca de
Agências de Desenvolvimento (Garapen), Mercedes Consolación Belloso; o assessor
da Representação Brasileira no Parlamento no Mercosul, Santiago Martin Gallo; e
a assessora do Deputado Wherles Rocha (Major Rocha), Lídia Lacerda. O grupo
veio ao estado a pedido do parlamentar a fim de prospectar as potencialidades
locais e oportunidades de negócio.
Além
da FIEAC, o grupo visitou ainda outras instituições, como cooperativas,
associações e prefeituras, com objetivo de trocar informações e conhecer a
produção do estado. "A presença deles aqui é muito importante para nós do
ponto-de-vista de todas as ações que podem proporcionar para os empresários, já
que estamos bem próximos das fronteiras com os países andinos. Temos a ideia de
fomentar esse comércio e podemos conseguir informações imprescindíveis aqui
para dar continuidade a isso", acredita Adriano.
Segundo
Lacerda, a fronteira com o Mercosul sempre esteve muito limitada aos estados do
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul com Argentina, Uruguai e Paraguai.
Daí o objetivo de se incentivar a inclusão da fronteira Norte a esse bloco
econômico. "Historicamente, o Norte sempre ficou de fora das discussões do
Mercosul e isso é um pecado. Principalmente o Acre, pela sua posição
geográfica. A ideia é trazer para cá as discussões sobre desenvolvimento e
melhoria das relações transfonteiriças; também discussão sobre mercorregiões e
sobre a utilização do Fundo de Fomento do Mercosul. O Acre precisa ser
reconhecido e valorizado", explicou a assessora.
Mercedes
Belloso compartilhou sua experiência com agências de desenvolvimento no País
Basco, uma das menores regiões da Espanha e, atualmente, uma das mais
desenvolvidas daquele país. De acordo com ela, com algumas adaptações para a legislação
brasileira, o modelo pode ser replicado para o Acre. "Sou espanhola e
empresária no Brasil. O País Basco é um território muito pequeno, mas teve um
desenvolvimento muito grande, comparado com a Inglaterra, isso porque
trabalharam com os empresários. Trabalharam com o setor mais importante, sempre
com um objetivo final: as pessoas", observou a representante da Garapen.