Desde que me entendo por gente, o acreano por si só já
vivencia política desde o café da manhã até o café com leite do jantar. Minha
história não é diferente dos demais, mas o que me faz ser único é a contribuição
familiar para com a história e a politica acreana.
Sou neto de ex-vereadora de Tarauacá, tive e tenho tios,
assim como primos prefeitos de municípios acreanos. Desde os meus seis anos de
idade faço, acompanho política e fui ensinado a diferenciar política de
politicagem, que compromisso firmado em campanha, não pode ser desfeito após
votação.
Aprendi que as pessoas têm memória fraca para revoluções
que elas puderam realizar ou não, como a queda do Fernando Collor da
presidência, das práticas de comunicação nos tempos de Chico Mendes, quando nem
se falava em WhatsApp ou Face, de ver uma mulher ocupar um cargo antes só de
homens ou testemunhar a passagem de três Papas em menos de dez anos.
A semana iniciou com um episódio já visto há alguns anos,
onde um jovem foi apresentado a disputar a prefeitura da capital. Vi-me
bestificado com a reação de alguns colegas de profissão, onde nem sequer
iniciou o período eleitoral em si e já começaram a exercer o seu ponto de vista
“democrático” que deve prevalecer acima de todos.
Na sequência, observo nas redes sociais algumas pessoas
que se dizem entendidas e outras que noto serem, acabar tripudiando com a
possibilidade de se ter uma nova via de gestão pública, como a que foi a do
outro engenheiro florestal, esse mesmo que era apontado como inexperiente,
fraco de votos e que não teria chance contra quem estivesse no poder.
A história nos mostra que quando existe o desejo de
mudança, é possível realizar. O outro engenheiro florestal também ralou para
conseguir ser prefeito, mostrou um bom trabalho para ser governador deste
Estado até chegar à vice-presidência do Senado Federal. Todos os dias, alguém
reclama que precisamos de novos nomes na política e quando isso acontece, são
os primeiros a jogar terra em cima.
Todos os “macacos velhos” da política falam de
possibilidade e crescimento profissional para a juventude. Mas que chances tem
essa juventude, se quando pede um voto de confiança, já é visto com fracasso? O
novo não só assusta, mas emburrece quem já vivenciou um passado tão presente no
Acre. Vamos aguardar as propostas para o período certo antes de atirar as
pedras do preconceito e a aptidão em só querer criticar. Para se ter um bom
currículo e avaliar se valeu a pena ou não, é necessário primeiro a
oportunidade.
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