Na manhã desta terça-feira, 11,
jornalistas do Acre realizaram ato em solidariedade ao repórter cinematográfico
da TV Bandeirantes, Santiago Andrade, 49 anos, atingido
por um rojão enquanto realizava a cobertura de uma manifestação no Rio de
Janeiro na quinta-feira, 6. Santiago teve morte cerebral declarada na
manhã de ontem, 10.
“Chega
de jogar as agressões sofridas (pelos jornalistas) pra debaixo do tapete”, ressaltou
Victor Augusto Farias, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Acre
(SINJAC).
Jornalistas
foram alvo de 126 atos de agressão desde o início da onda de manifestações
populares em todo o País, em junho do ano passado, segundo informação das
empresas de comunicação.
No
Acre, uma equipe da TV Rio Branco (repetidora do SBT) foi obrigada a pular o
muro de uma instituição federal para sair do local. “Um coordenador da
instituição determinou que ninguém podia entrar ou sair do local, detendo a
equipe. Isto não pode ficar assim, levaremos o caso ao Ministério Público
Federal”, informou Victor.
“Nós jornalistas somos uma categoria pacífica.
Trabalhamos com a missão de informar a sociedade sobre os fatos que acontecem
nas mais diversas partes do país - aonde quer que estejamos. É por esse motivo
que costumo dizer que matar um profissional dessa categoria é como matar gato
ou quebrar espellhos: o criminoso deveria ter sete anos de azar, já que, como
todos nós sabemos, os autores não ficam presos por mais tempo nesse país”,
argumentou a repórter Val Sales.
FENAJ
Em nota oficial emitida no dia 7 de fevereiro, a FENAJ
condenou a violência contra jornalistas, que cresce assustadoramente no país, e
cobrou uma reunião com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, para tratar
da questão. A Federação defende a adoção de um protocolo nacional que garanta
aos jornalistas o direito à sua integridade e ao seu trabalho, a criação de um
observatório nacional para acompanhar e fiscalizar crimes contra os
profissionais de imprensa e a aprovação de uma lei que federalize a investigação
dos crimes contra jornalistas.
Assessoria SINJAC