* Rosana Braga
Para aqueles que estão na casa dos
30, pode ser difícil imaginar o mundo sem internet. Talvez seperguntem: como
era possível fazer novos amigos, manter a comunicação ativa e até renovar
contatos sem essa grande rede disponível, sem os sites de relacionamento e sem
as facilidades virtuais? Como todo cenário pode ser analisado por diferentes
ângulos, os que vivem desde os tempos em que a internet não passava de uma
promessa futurística, também podem levantar importantes reflexões sobre as
vantagens e desvantagens desta era digital.
Claro que facilidade na comunicação e
na interatividade é sempre bem-vinda, especialmente quando o objetivo é
encontrar um grande amor. Porém, é sempre preciso considerar a qualidade dos
encontros, que tem a ver com boas intenções, comprometimento e vontade de fazer
dar certo. Na era da internet, o amor ganhou novas dimensões. Casamentos entre
pessoas que moram a muitos quilômetros de distância tornaram-se possíveis e
frequentes. Já não existem fronteiras entre os corações e isso é muito
bom.
Por outro lado, também acontecem
desilusões, enganos e decepções por falta de ética e de bom senso de algumas
pessoas, que equivocados diante de tantas possibilidades, abusam de máscaras,
mentiras e falsas declarações para prejudicar os que se mostram
vulneráveis. Qual a medida certa? A internet pode mesmo ser um ponto de
encontro? Amores virtuais existem mesmo? Sim, mas é preciso ponderar. Antes de
começar um relacionamento num universo invisível, vale investir na sua
autoestima e na certeza de que amor para ser vivido de verdade tem que deixar
de ser exclusivamente virtual o quanto antes.
A tecnologia pode ser uma porta
indispensável para promover encontros maravilhosos, mas nunca será tão humano,
com todas as nuances que a humanidade nos confere, quanto o universo real. Além
dos encontros, o amor na era da internet ainda abre espaço para reflexões sobre
traição, exposição e egos. Portanto, é preciso se questionar: o que você
realmente deseja viver? Qual a distância que deseja criar entre quem você é no
mundo real e quem você quer parecer no mundo virtual? Por quê? Para quê? Para
quem? Até quando?
Sim, “consideramos justa toda forma
de amor” (trecho da música de Lulu Santos), desde que sejam genuínas e baseadas
em boas intenções. Porque se aproveitar da carência e da ingenuidade de alguém
para tirar vantagem não é bom. Apesar de todas as facilidades que a tecnologia
nos proporciona, é na sinceridade de cada um que está a garantia de que o
amor vale a pena.
* Rosana Braga é consultora de
relacionamento e comunicação do ParPerfeito, palestrante, jornalista e
escritora.
Informações para a
imprensa:
Michelly Magalhães, Janaína Leme, Tatiane Dantas e Melissa Sayon
Fone: (11)
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