Numa das capitais do país, um
menino de doze anos não teve dúvida: devolveu!
E o pré-adolescente Lucas
Eduardo virou exemplo no bairro onde mora.
O menino tímido encarou a
situação com simplicidade surpreendente.
Eu fiz porque era o certo. Imaginei que a pessoa iria
precisar do dinheiro para pagar as contas, ir aos médicos, contou Lucas, em entrevista a um jornal daquela
cidade.
Lucas tinha razão.
Evanir havia saído na manhã de
segunda-feira com o objetivo de pagar as contas do mês.
Viúva há sete anos e
aposentada há mais de duas décadas, ela vive sozinha, com renda bem apertada.
Para devolver o dinheiro, o
menino teve ajuda da direção da escola onde estuda, a fim de localizar o número
do telefone e comunicar-se com a idosa.
Assim, ela ficou sabendo que
os valores que perdera haviam sido encontrados e que estavam em boas mãos.
O gesto do estudante comoveu
gente de todas as idades e classes sociais na região.
Dezenas de pessoas entraram em
contato com a escola, onde ele estuda, para elogiar a honestidade do menino e
oferecer doações.
Lucas, de família humilde, tinha um sonho: ter um videogame.
Ao saber da história, uma
doadora anônima decidiu presentear Lucas e seus irmãos com o Playstation dos
seus filhos.
A história do menino não parou
por aí.
Ganhou repercussão
internacional: chegou, inclusive, aos Estados Unidos.
Uma brasileira, que lá reside,
telefonou, comovida com o gesto, e ofereceu doações ao menino.
Um empresário emocionado foi
além: conversou com Lucas sobre a importância de sua atitude e retribuiu seu
gesto com um presente: deu-lhe a mesma quantia que Lucas devolveu à dona
Evanir: mil e quinhentos reais.
A idosa, que recebeu a
devolução, afirmou:
Tão pequeno e com toda essa honestidade. É muito
bonito. Às vezes, pessoas da nossa própria família não devolvem o dinheiro.
* * *
Até quando a honestidade será
exceção em nosso mundo?
Até quando precisaremos
comemorar gestos como esse, que já deveriam ser normais, naturais, como foram
para o menino Lucas?
A honestidade estava dentro dele. Talvez nem tenha
necessitado ser aprendida em casa. Estava no Espírito. Fiz porque era o certo.
Quando temos esse contato
íntimo com nossa consciência, passamos a ter menos dúvidas entre o certo e o
errado. Ambos ficam muito claros em todas as situações.
Não se precisa pensar muito se
vai se jogar lixo no chão, se vai devolver o troco certo, se vai contar a
verdade – tudo isso passa a ser natural.
O bem precisa se tornar hábito
e ir substituindo o mal aos poucos. É assim que nos transformamos e
transformamos a sociedade.
Se queremos que o tal jeitinho desapareça, precisamos, de uma vez por
todas, incorporar este espírito de fiz
porque era o certo, independente se o certo é o melhor para nós ou não. É
o certo e pronto.
Consultemos a consciência. As
respostas estão sempre lá, onde estão inscritas todas as leis de Deus.
Pensemos nisso. Façamos o
certo.
Redação do Momento Espírita, com base em reportagem
publicada no site www.sonoticiaboa.band.uol.com.br, em 22 de
agosto de 2013.
Em 26.10.2013.