Ad Code

Responsive Advertisement

A volta do falso Don Juan

Na época em que este jovem escriba trabalhava neste jornal diário, corria o sério risco de tomar um chá de cadeira à espera dos entrevistados. Durante a longa espera, encontrávamos colegas de trabalhos e amigos de infância. Em meio a perpetua espera, acabava surgindo um ser cósmico. Um compulsivo ser com suas histórias, em que ninguém escapa, sendo que esse macho rei já comeu meio mundo e não havia pego (ainda) o resto das costelas de Adão por falta de oportunidade.

O macho alfa, este belo exemplar de masculinidade pura e cheio de testosterona voltou e já abarcou dizendo que não existe mulher difícil, apenas as precisadas de uma lábia. Ele é o perigoso entre as casadas, um Jedi com viúvas, e um monstro devorador de donzelas, que ele contabiliza com tracinhos riscados em seu bloquinho de anotações.

Sim pessoas, vale o velho dito: cão que muito ladra... Estou diante de um Casa Nova de araque, um falso Don Juan, um personagem hilário, para não dizer infantil, em meio a seus contos da meia noite durante o cine prive. As coisas que ele conta de seus registros encantam o mais inocente dos virgens e derruba qualquer moçoila com tanta abobrinha. Todo homem, assim como todo pescador que se preza, tem sempre uma aventura maior que a vara.

Esse homem-fraudulento sempre me recorda aquele quadro do programa Rá-Tim-Bum, o momento Senta que Lá Vem a História em suas narrativas eróticas que jamais aconteceram, a não ser apenas e tão-somente na garganta, em meio a um Oasis repleto de muitos peixes grandes. Ele é Pazar de flertar uma anã e acertar com seus encanto a nossa gata miss Acre.

É o tipo de doença que começa logo nos verdes anos, na mentira de que não querer mais assumir sua donzelice, não mais ser virgem, e daí levar ao túmulo, incorrigíveis e taras falseadas. Ele relata que traçou uma flor do bairro ou a gostosa da firma; ouço de imediato o coro ridículo carregado de chop: “Comi muiiito!” Sempre a mesmíssima história. Ah, como somos óbvios.

O camarada é um chato para as moças. Não digo pelo velho, careta e surrado “vai ficar mal-falada” no bairro, na pequena cidade. O ruim é que pode desfocar a imagem da senhorita mesmo. Principalmente quando o Pinóquio metido a Don Juan é a maior sujeira na área, aquele com quem nenhuma iria mesmo arriscar a pele na cama. Se bem que hoje tem umas loucas que não querem saber se o cirto pegou fogo, mas que está armado.


Victor Augusto (Bombonzão) é jornalista
Twitter: bombomzao

Face: Victor Augusto

Postar um comentário

0 Comentários

Ad Code

Responsive Advertisement