Taxa Selic passa por aumento do Banco Central


O Banco Central decidiu aumentar a Selic para 14,25% ao ano, buscando conter a inflação diante do cenário de alta nos preços de alimentos e energia.

O Comitê de Política Monetária (Copom) justificou a decisão citando incertezas na economia global e dúvidas sobre a postura do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos.

A inflação no Brasil segue elevada, com aumento tanto no índice cheio quanto nos núcleos, que excluem itens mais voláteis, como alimentos e energia.

O comunicado do Copom destacou o impacto da política fiscal sobre a política monetária e os ativos financeiros, ressaltando a preocupação com a sustentabilidade da dívida pública.

Para maio, o comitê prevê um aumento menor na Selic, mas não forneceu indicações claras sobre a política monetária após essa decisão.

A inflação oficial, medida pelo IPCA, registrou alta de 1,48% em fevereiro, pressionada pelo fim do bônus de Itaipu e pela elevação dos preços dos alimentos.

Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 4,87%, superando o teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.

O mercado financeiro projeta inflação de 5,66% para o fim de 2025, acima da meta definida pelo Banco Central, segundo o boletim Focus.

A Selic elevada encarece o crédito, reduzindo o consumo e a produção, mas também dificulta o crescimento econômico do país no curto prazo.

O Banco Central projeta crescimento do PIB de 2,1% em 2025, enquanto o mercado estima uma expansão ligeiramente menor, de 1,99% no ano.



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