Sempre ouvi a história de que não existe amizade entre homem e mulher, pois muita proximidade gera muita intimidade e logo as estações se misturam.
Acredito que sou um dos poucos casos que quebram essa visão popular, pois posso provar que tenho a melhor amiga.
Nos conhecemos ainda jovens, ela por volta dos seus treze anos e eu com quinze. Ela tinha um namorado na época que morri de ciúmes de mim e nunca nem esboçamos nada.
Viajamos juntos com outros amigos para os encontros de jovens, nos divertíamos muito. Crescemos bem dizer juntos. Participei da sua formatura, do seu noivado e do seu casamento. Ela sempre presente nas minhas conquistas também.
Chegou o tempo que a vida começou a tirar o que nos deu. Perdi meu amigão que era meu pai e quem me ajudou a segurar a peteca foi ela. Me abraçou, acalentou e se sentou no chão do cemitério comigo quando não tinha mais forças para ver pela última vez o meu pai.
Nos distanciamos por um tempo e voltamos a nos reaproximar depois que o pai dela também partiu. Desde então estamos mais próximos novamente. Ela com um filho lindo e um marido querido que mesmo não sendo, o chamo de compadre. Que diferente do namorado ciumento lá de trás, é um cara que confia no próprio taco, sabe a mulher que tem e da amizade que possuímos.
Mais recente descobri diversos problemas que decidiram reaparecer e ela de longe mais uma vez me ajudou. Conversa comigo, se preocupa e não sou merecedor de metade desse carinho que ela me devolve. Mas sou grato a Deus pela vida da Bruna na minha.
Sempre trabalhamos em empresas ou instituições um próximo ao outro e mais recente passamos a trabalhar juntos. Agora todos os dias ela tem que me aguentar do bom dia! Esse mês ela apaga mais uma velinha. Esse ser que tenho o maior respeito e carinho é minha amiga e irmã de outra mãe. Obrigado Bruninha por essa amizade!
