O Acre manteve ritmo de contratações em abril, acompanhando o desempenho nacional registrado pelo Novo Caged. Segundo Fecomércio/AC, o Brasil abriu 257.528 vagas formais, fruto de 2,28 milhões de admissões ante 2,02 milhões de desligamentos. No agregado nacional, serviços criaram 136.109 postos, comércio 48.040, indústria 35.068 e construção 31.199, reforçando a liderança do setor terciário.
No estado, o estoque chegou a 106.867 vínculos, alta de 0,68% sobre março. Foram 4.660 novos contratos e 3.900 demissões, saldo de 760 postos. Serviços lideraram, com 2.168 admissões, seguidos pelo comércio, com 1.085.
Entre os 22 municípios, Rio Branco concentrou 2.978 contratações e 2.806 desligamentos, saldo de 172 vagas. Cruzeiro do Sul (359) e Sena Madureira (330) se destacaram, enquanto Bujari, Capixaba e Jordão ficaram no vermelho. 19 cidades fecharam o mês no azul, revelando capilaridade da retomada.
Levantamento com empresários mostra que 83% apontam a informalidade como principal obstáculo. “Sessenta e dois por cento das demissões são voluntárias, com trabalhadores migrando para o mercado informal”, diz o assessor da presidência, Egídio Garó.
Pesquisa com 200 moradores da capital reforça o quadro: 51,5% trabalham; desses, 33,7% sem registro. Entre os que não buscam emprego, 29,2% vivem de bicos há mais de dois anos.
Garó prevê continuidade da retração no varejo. “Indústria, agricultura e juros mais baixos podem compensar, ampliando a formalização no Estado”, conclui.
