A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), revela que 82,3% das famílias acreanas estavam endividadas em maio de 2025. Apesar de representar uma leve queda de 0,23% em relação a abril, o índice ainda preocupa: são mais de 96.800 famílias com algum tipo de dívida no estado.
O número de inadimplentes — famílias com dívidas em atraso — subiu 1,6% e atingiu 37,2% do total, cerca de 43.800 famílias. A inadimplência cresceu mesmo com a retração nacional no número de famílias sem condições de quitar dívidas entre 30 e 90 dias, que caiu para 8,65% — o menor patamar desde maio de 2024.
No cenário nacional, o percentual de famílias endividadas chegou a 78,2%, ou mais de 13,1 milhões. Do total, 29,5% têm dívidas em atraso, e 12,5% afirmam não conseguir pagar nos próximos meses. A maioria dos endividados tem renda de até 10 salários mínimos, com destaque para as faixas entre três e quatro salários.
Segundo Egídio Garó, assessor da presidência da Fecomércio/AC, há sinais de maior cautela nas famílias com renda inferior a cinco salários mínimos, que estão mais atentas ao planejamento financeiro. O cartão de crédito permanece como principal fonte de endividamento, seguido por crédito consignado, pessoal, financiamento de veículos e habitação.
