Exposição “Arte Vestida de Chão” transforma resíduos naturais em poesia visual na Usina de Arte João Donato


A Galeria Chico da Silva, na Usina de Arte João Donato, recebe a partir do próximo domingo, 27, a exposição “Arte Vestida de Chão”, uma imersão poética nas camadas da natureza e da existência. Criada pelas artistas visuais Rosilene Nobre e Marina Bylaardt, a mostra propõe uma reflexão sensível sobre o que brota da terra, ressignificando resíduos naturais como folhas, sementes, galhos e asas de borboleta por meio de técnicas como bordado, monotipia, aquarela, gravura e colagem.

A vernissage acontece às 15 horas do dia 27, e a exposição segue com visitação guiada entre os dias 28 de abril e 26 de maio, com mediação cultural de segunda a sexta-feira, das 8h às 10h e das 14h às 17h.


Com curadoria de Rosilene Nobre e apoio curatorial de Ana Paula Alab, além de texto de apresentação da artista e pesquisadora Simone Pessoa, “Arte Vestida de Chão” é fruto de uma longa escuta e pesquisa estética baseada na simplicidade do que é natural, mas muitas vezes despercebido. As obras propõem uma desaceleração: um retorno ao essencial, àquilo que escapa ao olhar apressado.

“Vestir-se é ato do viver”. E é com essa premissa que elas apresentam obras criadas a partir de memórias e fragmentos naturais, instigando o público a despir os excessos e se reconectar com a sensibilidade.

A exposição é realizada com recursos da Lei Paulo Gustavo, por meio da Fundação de Cultura Elias Mansour, contemplada no edital LPG Arte e Patrimônio nº 007/23.

As artistas


Rosilene Nobre, natural de Tarauacá, traz em sua obra o vínculo ancestral com a floresta. Educadora e artista visual, ela investiga o potencial tintório dos pigmentos naturais da Amazônia e atua na formação de novos artistas no Acre. Sua arte valoriza o que é pequeno e silencioso, promovendo a reconexão com a terra, o corpo e a memória.

Marina Bylaardt, mineira radicada no Acre, é formada em Escultura pela UFMG e tem ampla atuação em colagens, bordados e design gráfico. Sua trajetória se destaca pela delicadeza e pelo trabalho com materiais efêmeros e esquecidos pela natureza. Juntas, ela e Rosilene compartilham uma poética que nasce do chão e dialoga com questões femininas e ambientais.
Victor Augusto

Prazer, Victor Augusto, 37 anos, acreano, jornalista e académico de direito. Por isso, criei este espaço onde compartilho minhas experiências e aprendizados. Afinal, acredito que conhecimento deve ser diário para nossa evolução. Por aqui, abordo assuntos sobre estilo de vida, com ênfase em levar uma vida baseada na informação, já que é minha área de formação e atuação.

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