Em um mundo tão caótico em que
estamos vivendo, será que conseguimos amar o próximo? Será que conseguimos amar
a nós mesmos? Esse tipo de reflexão me surgiu ao assistir ao filme Divaldo – o mensageiro
da Paz.
Em determinado trecho da
produção, o personagem central vai as ruas distribuir alimento aos moradores em
situação de rua e ao oferecer o alimento para um, esse indivíduo atira fezes
nele. Logo o amigo do Divaldo é tomado por uma fúria e partiu para agredir o agressor.
Nesse instante Divaldo o interrompe e alerta que para muitos é mais fácil amar
o cheiroso e arrumado, do que o que cheira mal e está sujo.
Vivenciei situação semelhante,
onde no final de semana fui levar as compras para a lanchonete que tocamos. Ao perceber
que dois homens chegavam próximo, fechei o portão para manter minha irmã em
segurança, enquanto um ficava na minha frente e outro atrás de mim. O que
estava na frente me questionou se eu bateria nele.
Tomado por uma paz e lembrando do
fato do filme, só consegui responde: “Por que eu bateria? Você é meu irmão que
está passando por um momento difícil e tenho fé que Deus irá ajudar você e
nosso irmãozinho aqui atrás”. A resposta desarmou os dois que saíram apertando
minha mão.
Minha irmã viu a cena de longe e
com um pedaço de pau com pregos na extensão, esperava temerosa que algo
acontecesse comigo.
Deus age de maneiras misteriosas
com fragmentos de mensagens que coloca em nosso caminho. Quando estamos
conectados com ele, é muito mais fácil entender o que Ele quer falar conosco.
Precisamos estar mais perto de Deus e mais distante do isolamento de nossas
muralhas individuais.
Sejamos gratos pela vida todos os
dias por termos saúde, emprego, família e Deus, algumas pessoas se perdem no
meio do caminho e não tem com quem contar para se reaproximar. Uma atitude faz
a diferença”.
Victor Augusto N. de Farias é jornalista, conselheiro de turismo,
sindicalista, rotariano e acadêmico de direito.