Por conta da aceleração do nível global de atividade deduzida com base no cenário mundial, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou para cima as expectativas de aumentos projetos para CNC, com alta de 4% no setor de serviços e variação de 8,8% nas atividades características ao turismo. No Acre, o coordenador de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio-AC), João Bosco Nunes, reforçou que o turismo local tem recebido mais visitantes, demonstrando cada vez mais a necessidade do brasileiro em conhecer o próprio país.
Segundo divulgação da CNC, em julho, o volume de receitas do setor de serviços avançou 0,5% em relação ao mês anterior, de acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada na quinta-feira, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta foi a terceira alta consecutiva da receita real do setor. No comparativo com o mesmo mês do ano anterior, no entanto, o aumento foi maior, de 3,5%.
De acordo com Nunes, o turismo brasileiro tem recebido turistas internacionais e brasileiros. “São números incontáveis, frutos de uma demanda reprimida pós-Covid 19”, explicou, acrescentando ainda que, mesmo com a atual situação da aviação nacional e os atuais preços exorbitantes, ainda há a vontade em conhecer o Brasil.
O volume de receitas do setor de serviços está 12,8% acima do registrado em fevereiro de 2020. “O principal responsável pelo avanço do nível de atividade econômica tem sido, desde o primeiro trimestre de 2022, o setor de serviços”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros. "Além do faturamento, a empregabilidade no setor tem importância crucial no processo de retomada pós-pandemia", acrescentou.
Feriadões devem impulsionar turismo
O Índice das Atividades Turísticas (Iatur) apontou avanço de 0,7% em julho, no comparativo com o mês anterior. Com isso, o volume de receitas do setor é 6,2% maior do que o registrado no período imediatamente anterior ao início da pandemia.
“Há exatos três anos, o setor registrava perda de quase dois terços de suas receitas mensais, na comparação com fevereiro de 2020”, lembra Fabio Bentes, economista da CNC responsável pela análise. Em abril deste ano, mesmo diante das recentes quedas, esse mesmo comparativo revelava variação positiva de 0,7%.
A maior quantidade de feriados prolongados em 2023, fenômeno favorável à geração de receitas para o setor, deve contribuir para o aumento do nível de atividade do turismo.
No segundo semestre, além do Dia da Independência, o Dia de Nossa Senhora Aparecida e de Finados também caem nas quintas-feiras. Natal e Ano-Novo, por sua vez, serão em segundas-feiras. O economista Fabio Bentes explica que cada feriado ou ponto facultativo prolongado tende a injetar 2,1% no volume anual de receitas do setor.
Nesse sentido, a receita real das atividades turísticas pode ser positivamente impactada em até R$ 48 bilhões – valor correspondente ao faturamento de 40 dias do setor.
Segundo previsão da CNC, o volume de receitas do turismo deverá encerrar 2023 com faturamento real de R$ 458 bilhões, um avanço de 8,6% em relação a 2022. As maiores movimentações financeiras por conta dos feriadões devem se concentrar em São Paulo (R$ 16,71 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 5,62 bilhões) e Minas Gerais (R$ 5,03 bilhões). Juntas, essas três Unidades da Federação devem responder por 57% do “efeito feriadão” no turismo brasileiro até o fim de 2023.