O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), falou na sessão desta quarta-feira (9), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), a respeito do atraso no pagamento dos trabalhadores terceirizados que prestam serviços ao Estado. Segundo ele, há casos em que os salários atrasados chegam há quatro meses.
“Tem gente com quatro meses de salários atrasados. Não é a regra geral, mas há casos. E mais recentemente, procurando mais informações sobre isso, há uma espécie de falência em determinados setores das empresas de terceirizados. Na boca miúda se fala muito disso. Se levanta grandes pendências com a Receita Federal que eu não quero colocar no debate”, disse.
Para o oposicionista, o governo está sacrificando os trabalhadores terceirizados, porque não paga as empresas e as empresas não pagam os terceirizados. “Aquela conversa de que a gente pagou, mas, as empresas não repassaram o dinheiro para os trabalhadores não cola mais”, observou.
O parlamentar também quer saber do governo do Estado que atitudes estão sendo tomadas para resolver o problema. “O que está sendo feito para resolver isso? Porque se tem alguém inviabilizado e preciso substituir, porque quem está sendo inviabilizado é o trabalhador que recebe um salário pequeno e quando recebe”, complementou.
Edvaldo Magalhães disse que recebeu informações de que há uma seletiva dentro do governo de quem primeiro vai receber os recursos, porque não há dinheiro para pagar todas as empresas. Para ele, o Poder Legislativo precisa puxar o debate para si.
“Há conversas de que o governo está fazendo escolha de quem vai pagar, porque o caixa secou. Essa é a informação que recebi. Perderam o controle das finanças? O que está havendo? Porque quem leva pancada primeiro é o terceirizado, depois as coisas se espalham. Penso que temos que trazer esse debate para cá. É preciso botar luz sobre esse problema. Ele não pode virar primeiro um monstrengo para que ele estoure por aqui”, finalizou.
Na Explicação Pessoal, Edvaldo Magalhães comentou sobre a filiação do ex-prefeito Marcus Alexandre no Movimento Democrático Brasileiro (MDB). “Claro que eu ficaria mais feliz se Marcus tivesse se filiado ao PCdoB, mas, como afirmei nesta Casa, eu apoio Marcus Alexandre independente da escolha de sua agremiação. Nós iniciamos um movimento de resgate da gestão pública no município de Rio Branco e estamos com ele nessa luta. Essa construção não é simples e nem tão pouco tem desdobramento imediato, mas, é preciso um pouco de compreensão para que a gente possa avançar. Portanto, o PCdoB está sim com Marcus Alexandre”, reafirmou o comunista.
Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac