Nesta sexta-feira, 7, o Ministério Público do Acre recebeu famílias de crianças autistas, Síndrome de Down, portadoras de síndromes raras e outras comorbidades, que relataram que a medida de descredenciamento de clinicas feita pela Unimed será prejudicial ao tratamento e assistência que esses casos devem receber.
Os pais e familiares foram recebidos pela promotora de Justiça Marcela Cristina Ozório, assessora de Relações Institucionais da Procuradoria-Geral de Justiça. “Acolheremos essas demandas e encaminharemos às Promotorias da Saúde e do Consumidor, assim como ao Núcleo de Apoio Técnico. O Ministério Público está aberto a todas as reivindicações de interesse coletivo”, disse.
O descredenciamento foi anunciado na quinta-feira, 6, por meio de um comunicado da empresa informando a exclusão de quatro clínicas e, consequentemente, a suspensão do atendimento em um prazo de 30 dias.
A medida que os pais tomaram foi de buscar amparo no judiciário, pois de acordo com eles, os agendamentos e consultas seriam mais prejudiciais do que benéfico.
"Eles não tem capacidade e profissionais para atender com a mesma qualidade das clinicas e sem um calendário que garantisse o atendimento. Na clinica conveniada o meu filho entre atendimento e avaliação, recebe a atenção cinco vezes, enquanto com eles não sabem nem fazer a avaliação, quase que na base do "olhometro" e só estão visando o financeiro da instituição", ressaltou um dos pais.
O promotor de Justiça Dayan Albuquerque, titular da Promotoria de Defesa do Consumidor, também participou da reunião e informou as medidas adotadas. “O Ministério Público está instaurando um procedimento diante da urgência do caso. Vamos ouvir a Unimed e buscaremos uma conciliação. Caso não seja possível, o MP ajuizará uma ação civil pública para resolver essa situação”, afirmou.
Com informações da assessoria