Aquela que deveria ser a maior área de preservação ambiental em extensão no Estado do Acre, a Reserva Chico Mentes caminha para se tornar o maior pasto a céu aberto por falta de fiscalização e assistência técnica as famílias que ali vivem.
Pela ausência do poder público e
a falta de políticas públicas, as diversas famílias que vivem em meio a
floresta acabam buscando uma maneira de sobreviver. A ajuda que deveria vir do
poder público está chegando por meio de projetos da iniciativa privada por meio
de métodos do agronegócio.
Os moradores mais antigos, os
primeiros seringueiros lutam de forma quase que solitária para convencer os
mais jovens de que mantendo a floresta de pé é possível viver e tirar o
sustento, mas quando a barriga anuncia fome, o trabalho de retorno mais rápido
foi investir na criação de gado.
Muitos dos que produzem frutas
entre outros produtos das cadeias produtivas existentes dentro da floresta,
consumidas pelas pessoas da cidade, acabam limitadas ao que produzem sem a
perspectiva de aumentar a venda por carência de conhecimentos e técnicas.
Falta visão até das cooperativas
que compram a matéria prima que será revendida em feiras e supermercados. Se quem
compra como atravessador enxergar que melhorando o negócio do fornecedor,
também melhorará a sua oferta, os valores melhorarão para todos.
Não adianta somente investir em
fiscalização de repressão, se faz necessário de fato colocar para atuar os
agentes que podem ajudar a fazer a diferença, do contrário as únicas mudanças a
serem vistas por gerações são as dos gestores políticos que se atentam apenas
ao que os certa.
Na política acreana as
dificuldades criadas são da própria gestão, pois só se renovam os mandatos e
pouco se mudam os gestores, mas a ineficiência de uma ação efetiva continuará. Enquanto
não se colocar os recursos destinados ao subsídios para quem deve ser
destinado, em breve teremos um grupo de pessoas com os bolsos cheios e o pulmão
vazio pela falta de oxigênio com a derrubada desenfreada das áreas de proteção
ambiental.