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A fantástica indústria de manchetes do Acre

Ao longo dos vinte anos da era petistas que se escuto a falácia ou quase anedotona de que o Estado do Acre era modelo para qualquer planeta do universo.

Algo que incomodava e era cobrado por muitos dos que ocupavam a cadeira de oposição e que hoje se encontram a frente de gestões estadual e municipais, assim como os que integram as nas bancadas dos parlamentos a respeito do desenvolvimento do estado.

Muitas fotos feitas, frentes parlamentares montadas e hoje revemos o mesmo circo apresentado lá atrás, apenas com alguns atores diferentes. Circo não com desdenho ou desrespeito, mas pela necessidade de encher as manchetes dos sites e jornais na sua maioria em PDF.

Acompanhamos uma semana intensa de celebrações alusivas a Semana da Indústria no Acre, mas será temos mesmo a comemorar? Nesse universo de disputa entre o que é realizável e o que é midiático, observamos um cabo de guerra nos bastidores entre empresários o poder público.

Enquanto a indústria apresenta números que podem crescer ou que se mantiveram ao longo de um ano, notamos uma certa apatia nos próprios empresários que antes eram todo gás nas fotos aos anúncios de esperança por dias melhores.

Quem nunca ouviu falar do dia glorioso que seria a inauguração da pontem sob o Rio Madeira, que os preços de tudo que o Acre consome de outros estados cairiam devido ao pagamento de taxas? Você chegou a notar essa diferença? Tem dias que mal sobra o do café.

Mas usando a “ponte dos milagres” como exemplo, como vê o Estado do Acre crescer, se depois da ponte que deveria existir um “pote de ouro”, só encontramos buracos e uma massa asfáltica de qualidade duvidosa?

Não é preciso ser um gênio para notar a qualidade dos serviços realizados dentro do estado, pois se consegue trafegar bem por toda Rondônia, porém ao passar da ponte a qualidade é outra, o mesmo se observa em quem vem do Peru para o Acre, onde na ponte da amizade começa com desvios de buracos. Como a indústria local pode crescer, se desenvolver ou fortalecer lações com países e estados vizinhos se o poder público não dá o básico?

Vivenciamos no mês de março deste ano as enxurradas e cheia do Rio Acre que afetaram diversos lugares, chegando a romper acessos das estradas, onde nem o DNIT e nem a Secretaria de Obras conseguiu mostrar a que veio. Um pedido de socorro ao exército cairia bem, pois os trechos que eles realizam no caminho para Cruzeiro do Sul, permanecem quase que intactos, enquanto trechos feitos pelo Dnit ou empresas locais mostram a realidade nos mesmos jornais da luta que é chegar novamente da capital ao Juruá, o retorno de varadouros.

Enquanto não se fizer o trabalho de casa e parte dos empresários remarem ao contrário, o setor industrial viverá essa puxa e encolhe para cada lado. O poder público acha que está “abafando”, enquanto está na verdade sendo abafado e matando empregadores que lutam para sobreviver por meio de ferramentas que o governo compre direto deles.

O programa comprar governamentais deveria ser um oxigênio para o mercado local, mas o poder público parece que querer tratar como uma “mesada”. Ou se abre o olho para o crescimento do Acre ou caminhamos para um estado de calamidade coletiva.

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