Depois da cantada tosca do Neymar
em querer lembrar o que não viveu com a presa feminina, nos faz recordar de um clássico
da música brasileira, cantado pela incrível Nana Caymmi, que recorda a todos de
uma paixão mal curada ou mal resolvida do que poderíamos ter vivido a dois.
O tempo vai passando e a gente
lembrando com saudade do que não viveu ao lado da costela da criação ou do
rascunho da humanidade. Que levante o primeiro copo de velho barreiro aquele
que não sofreu na mesa de um bar ou confraternizando com as amizades, que não
recorde da falta dos beijos, dos afagos, dos abrações e carinhos trocados com
aquela pessoa que hoje não faz mais parte do convívio diário, que tem outra
vida com outras pessoas.
A que saudade daqueles cabelos ao
vento, das mãos dadas, do perfume que ficou marcado na gente e na lembrança...
quem não viveu ou ainda revive o mesmo nervosismo ao passar por uma blitz quando
reencontra a pessoa amada? Aquela tremedeira de perna, suadeira na mão ou a
falta de jeito em esconder as emoções da vontade de ter vivido com ela o que
passou.
Em uma metrópole como Rio Branco,
a coisa mais comum é encontrar a mesma pessoa em todos os lugares, mesmo não
tendo ido com ela naquele. Em algum momento a gente se reencontra na rua, na
fila do banco, no restaurante ou numa simples caminhada no parque. Se estamos a
sós, observamos a pessoa desejada em outra época para ver como está. Se estamos
acompanhados compartilhamos a saudade do que poderíamos ter vivido.
Mesmo tendo descoberto outro
amor, sempre nos pegamos no trecho “Eu quero apenas estar no seu pensamento”,
querendo acreditar ou se convencer de que a outra ex-paixão também sente o que
sentimos por ela. O que nos resta a fazer é aceitar as decisões dos deuses do
destino e quem sabe um dia ou outra vida a gente se reencontra.
Enquanto isso vamos vivendo
nossas novas paixões. Se por ventura um dia o destinos nos religar em mesmos
caminhos, nesse mesmo tempo só queremos pedir, que onde você estiver...não se
esqueça de mim...
Victor Augusto N. de Farias é
jornalista, radialista, rotariano e um eterno apaixonado a moda antiga.