Choro sim

Hoje como nos demais dias, iniciei a manhã assistindo aos jornais nacionais e os locais.

Durante todo esse período de pandemia, assim como outras pessoas, precisei puxar uma força maior para poder manter certa centralidade e parcimônia para acalmar as pessoas ao meu redor, não permitindo que surtassem com tanta informação desencontrada, aliada ao medo da morte durante a primeira onda em que pouco se tinha conhecimento.

Acredito que não teremos uma família que não foi afetada pelo vírus ao perder um ente querido. Na minha perdi um primo de cinquenta anos e uma prima gravida, ambos repercutido pela mídia local. Fiquei temeroso com minhas tias avós de quase cem anos, mas escaparam graças a Deus.

Na primeira onda, Manaus foi o local que mais chamou nossa atenção com tantas mortes, falta de leitos e desespero das pessoas atrás de salvar seus pais e filhos. Em meio a tudo isso só consegui derramar uma lagrima, pois me permiti baixar a guarda, junto com o colega Paulo ao se emocionar com os primeiros casos de cura contra o vírus.

Hoje voltei a chorar com o doutor Pedro Pascoal que se emocionou, fez a colega Lilian Lima chorar e revelar que nesta madrugada ela perdeu um tio para a doença. Não deu para conter o emocional e as lagrimas rolaram.

Deus sabe o quanto temo esse vírus chegar a atingir as pessoas da minha casa. Estou sofrendo horrores com o nervo ciático, coluna e dores musculares por não estar realizando as atividades físicas de antes. Não deixei de fazer em casa, mas não com o mesmo impacto, porém o bem maior é ver que todos estão com saúde.

Os sacrifícios de hoje serão as alegrias de amanhã. Enquanto não chegar a imunização em massa, continuarei a sofrer por aqui até que todos tomemos a vacina.


Victor Augusto

Prazer, Victor Augusto, 37 anos, acreano, jornalista e académico de direito. Por isso, criei este espaço onde compartilho minhas experiências e aprendizados. Afinal, acredito que conhecimento deve ser diário para nossa evolução. Por aqui, abordo assuntos sobre estilo de vida, com ênfase em levar uma vida baseada na informação, já que é minha área de formação e atuação.

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