O
governo realizou reunião extraordinária do Comitê de Enfrentamento ao COVID-19
e anunciou em coletiva aberta nesta segunda, 01, a regressão do Acre para a
Bandeira Vermelha, a fase mais crítica devido ao número de mortos, de
infectados e da lotação dos leitos hospitalares que se encontram com 98% da sua
ocupação.
Devido
ao grau de risco em que se encontra as regionais acreanas, o comitê optou por
antecipar as restrições que estavam previstas para sexta-feira e agora passa a
ter validade a partir desta terça (02) em todo o Estado do Acre.
Ficam
suspensas pelo prazo de quinze dias, a contar de 03 de fevereiro de 2021, em
todo o território do Estado do Acre, as seguintes atividades:
I
- Toda a atividade em estabelecimentos comerciais;
II
- todas as atividades em feiras, inclusive feiras livres;
III
- todas as atividades em shopping centers, inclusive em seus estacionamentos;
IV
- todas as atividades em cinemas, clubes de recreação, buffet, academias de
ginástica, bares, restaurantes, lanchonetes, sorveterias, boates, teatros,
casas de espetáculos, casas de shows, centros culturais, circos e clínicas de
estética;
VI
– agrupamentos de mais de 5 (cinco) pessoas em locais públicos, assim como em
recintos e estabelecimentos públicos ou privados de acesso público, com
objetivo de promover atividade física, passeios, de lazer e outras, exceto quando
necessário para atendimento de saúde, de segurança pública ou de caráter
humanitário.
O
médico infectologista Thor Dantas chamou a atenção aos que apostaram que
circulação de pessoas com a possibilidade de contrair a infecção do vírus como
possibilidade de adquirir imunidade só agravou a situação.
“O
governo está tendo a coragem de expor a todos o grande momento de grande dificuldade
pelo qual atravessamos. O momento parece recordar o momento em que vivemos a
primeira onda no ano de 2020. Foi melhor antecipar a decisão difícil e
acreditando ser a correta. Os números estão dizendo que devemos tomar medidas
agora. Quem apostou na livre circulação do vírus lá atrás não ajudou muito,
infelizmente só contribuiu para emergência dos vírus mutantes, deixar o vírus circular
livremente não leva a imunização coletiva, mas ao surgimento de novas mutações
virais perigosas, a gente só vai conseguir imunidade coletiva através da vacina”,
destacou Thor.
O
médico ainda alertou para que o não cumprimento das regras e sem apoio da
população que continua a circular como se não existisse a problemática viram,
que o Acre passará por dias difíceis, além do que já está vivendo na área da saúde.
Diferente
do momento em que o Estado do Acre viveu na primeira onda, as igrejas e academias
não poderão funcionar por se enquadrarem nas restrições, uma vez que o comitê
luta para a não circulação de pessoas nas ruas para que não possibilite a
proliferação do vírus que tem maior incidência nos meses de janeiro e ferreiro devido
ao período climático da região.
O
secretário estadual de saúde, Alysson Bestene lembrou que são medidas
restritivas que já fazem parte do conjunto de propostas do Pacto Acre Sem
COVID. Ele lembrou que estados vizinhos já tomaram medidas mais drásticas como
o fechamento geral em Rondônia e Amazonas, esperando que o Estado do Acre não
precise passar pelas mesmas decisões.
O
decreto foi publicado no Diário Oficial em edição especial com o decreto
entrando com sua validade e anunciando que a próxima reunião será realizada no próximo
dia 19 de fevereiro.