A mobilização aconteceu em todo país, puxada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) como forma de contrapor as políticas de privatização e desmonte dos serviços públicos do governo Bolsonaro como estratégias de mobilização unificadas para os servidores públicos a nível federal, estadual e municipal.
A “legalização da rachadinha”, que é a PEC 32/2020, que altera disposições sobre servidores, empregados públicos e organização administrativa é a pauta que será massificada no dia 3 em vários atos online, para chamar a atenção dos parlamentares para a não aprovação dessa Emenda Constitucional, principalmente dos deputados da bancada acreana.
A presidente do Sindicato dos Correios, Susy Cristine, deu como exemplo o que aconteceu recentemente com os trabalhadores dos Correios, que além de perderem na Justiça o direito à greve, tiveram retiradas 50 cláusulas de direitos conquistados em acordos coletivos, além de descontos dos dias de greve e perseguições. “A Reforma Administrativa vai homologar a indicação política para o serviço público, tornando os servidores submissos e reféns de quem estiver no poder”, lamenta Suzy.
O presidente da CUT, Edmar Batistela, também fez críticas ao apoio que os parlamentares do Acre às ações destrutivas do governo federal. “Os deputados federais do Acre vão contribuir para a extinção do serviço público. Quem perde com isso é a população que não terá a quem recorrer quando necessitar de um serviço público, gratuito e de qualidade”, explica Batistela.
A representante do Sinasefe, Alcilene Alves, reafirma que toda a sociedade será penalizada com a aprovação da Reforma Administrativa.
“Já temos muitos cortes de verbas e de bolsas no Ifac e precisamos lutar pela valorização do servidor público, que alcança seu lugar por meio dos estudos, por meio dos concursos. A aprovação da PEC 32 significa o fim dos concursos públicos e a legalização da rachadinha”.
Eudo Rafael e Marcelo Jucá, dos sindicatos dos Bancários e dos Urbanitários, respectivamente, também destacaram a importância da mobilização contra a PEC 32.
“Com a aprovação da PEC os servidores perderão a independência e serão manipulados da mesma forma que os terceirizados. Sabemos que tudo isso é o desfecho de mais um golpe”, comenta Eudo.
“Não podemos permitir que esse governo destrua todos os nossos direitos trabalhistas e acabe com o serviço público. Tivemos aqui no Acre o exemplo da Eletroacre, que depois de privatizada vem sacrificando a população com contas absurdas e ninguém pode fazer nada. Vejam os Correios, que perderam direitos conquistados e agora é o próximo alvo da privatização”, diz Marcelo Jucá.
Representantes da Juventude Socialista, do MUP, do PCO, do PSTU,da Unidade Classista e do Comitê de Lutas também mostraram suas indignações durante a manifestação.
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