Inaugurada em 2003, a Casa dos Povos da Floresta imita uma maloca indígena com a proposta de retratar a história de ribeirinhos, seringueiros e índios. Está localizada dentro do Parque da Maternidade — ponto turístico de Rio Branco em outros tempos, no Acre. Com o intuito de valorizar e guardar toda essa história é que surgiu a proposta de criação da Casa, a fim de que cada vez mais os acreanos pudessem ter conhecimento da sua história, orgulhando-se do seu passado, preservando para o futuro.
Onde antes existia uma exposição permanente do imaginário amazônico, com mitos e lendas transmitidas oralmente por seringueiros, ribeirinhos e indígenas, de pai para filho, a Casa dos Povos da Floresta também disponibilizava um acervo em vídeo e uma biblioteca sobre a história do Acre, enfocando os povos tradicionais e a sociedade mais recente. Uma exposição de artesanato indígena e regional também faziam parte do aglomerado da cultura dos acreanos. A arquitetura do espaço foi inspirada nos grandes Kupixáuas (grandes casas indígenas). A pintura no piso de entrada foi inspirada na pintura corporal Yawanawá.
Porém com a nítida falta de interesse dos gestores passados e a falta de habilidade da atual gestão, moradores reclamam do descaso com o espaço, que deixou de ser uma referência da cultura local para dar abrigo a dependentes químicos, criminosos e até de banheiro público a céu aberto para quem sente vontade de fazer suas necessidades fisiológicas.
O abandono é visível nas imagens feitas em vídeo. No momento em que coletávamos imagens, usuários se encontravam no local consumindo entorpecentes. Confira:
Buscamos o contato com a Fundação Elias Mansour, órgão responsável pela promoção de ações culturais e zelo do patrimônio cultural do Estado do Acre.
Por telefone o assessor da autarquia informou que o espaço citado, que é de responsabilidade da fundação, está concedido para os grupos de hip Hop e grafite que estão fazendo um trabalho de intervenção no espaço para ser ocupado por eles, com as tribos urbanas. Porém a concessão só ficou apalavrada e não foi possível prosseguir com os tramites devido a pandemia e que estarão retomando o diálogo com o grupo e outras entidades que tem interesse em ocupar o espaço.
(com informações de conhecendo museus)