Ô santo Reginaldo Rossi, não tem devoto da reclusão que não
queira quebrar essa quarentena do amor. Que atire a pedra aquele que não sentiu
inveja do rapaz ali do bosque ao esconder o tronco do pão no galopar da moçoila?!
Vez por outro me acalenta a ideia de que existem situações
piores, pois desde que começou essa restrição de hormônios trocados, não se viu
mais fotos das novinhas em lanchas e nem os velhinhos arriscando a tomar um
tombo financeiro. E pensar que para esse a virose começa no simples pedido para
colocar crédito no celular, quando pensa que não, já se vê crediário nas lojas
locais.
Que todas as calcinhas do milagroso Wando interceda por nós,
amantes do vírus do amor. Do poliamor e quantos múltiplos pudermos praticar. Aos
casados deve agradecer pela oportunidade de reconhecer aquela amada, vista
somente a noite na correria diária. Aqueles que conseguem visitar!
A sociedade precisa ter mais empatia para que o comercio na
horizontal, vertical e diagonal do amor possam voltar logo. Medo tenho ao
imaginar que ao liberar tudo, a boiada vai estourar nos ninhos de amor alugado.
Já não tem suspensão aguentando mais e volante espaçoso a disputar com a pança
que cresce.
Que o mensageiro Barto toque os corações com seus cantos
bregorianos e que Nilton César faça esses teimosos que insistem em sair por
qualquer besteira sigam suas palavras “espera um pouco, um pouquinho mais”.
Victor Augusto N. de
Farias é jornalista,
empresário, sindicalista e rotariano.