Mourão sobre gastos: é preciso cuidado para não terminar pior que Dilma

O vice-presidente, Hamilton Mourão, afirmou em entrevista a EXAME, que o governo federal está preocupado com a recessão econômica e o desemprego a longo prazo após a crise do novo coronavírus, mas alertou para a necessidade de se impor limites financeiros durante a pandemia.

Segundo ele, é importante que o Estado incentive a retomada por meio obras públicas, como está sendo proposto no programa Pró-Brasil desenvolvido pela Casa Civil e com pouca participação da equipe de Paulo Guedes, do Ministério da Economia, que teme a alta descontrolada dos gastos públicos.

No entanto, ele diz que se deve respeitar a sustentabilidade financeira dos cofres públicos. “Precisamos nos manter dentro do limite das nossas capacidades se não terminaremos pior que o governo Dilma”, afirmou em um webinar produzido pela consultoria Arko Advice.

O programa é sustentado na retomada de obras públicas com recursos do Tesouro Nacional, como forma de evitar uma escalada do desemprego. A principal frente de atuação está sendo desenvolvida pelo Ministério da Infraestrutura.

Ele sustentou, ainda, que o auxílio emergencial de 600 reais pode ter que continuar por mais alguns meses após a pandemia passar e disse que essa é uma forma de manter longe “uma ameaça à perturbação social”, como foram os protestos de 2013 ou a revolta popular no Chile.

Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro comentou que, no momento, não está prevista a ampliação do pagamento destinado aos informais que perderam renda com a crise provocada pelo novo coronavírus.

“São três parcelas de R$ 600. Não está prevista ampliação, até porque cada parcela está na casa um pouco acima de R$ 30 bilhões”, disse o presidente.

Saída de Moro

O vice-presidente criticou ainda a forma com que o ex-ministro da Justiça Sergio Moro pediu demissão na última sexta-feira, 25.

“Dentro da minha cultura, a forma como Moro saiu não é a mais apropriada. Ele poderia ter solicitado sua demissão e só isso já seria um problema para o governo”, disse.

Ele fez referência ao fato do ex-juiz ter feito um pronunciamento de mais de 40 minutos para anunciar sua demissão em que disparou uma série de acusações contra o presidente Jair Bolsonaro sobre tentativas de interferência política na Polícia Federal.
Para o vice-presidente, Moro faz parte de um “papel da mitologia nacional temporária que se vive no Brasil” e, por isso, sua saída seria reverberada por si só. “Mas, vida que segue”, acrescentou.

Fonte: Revista Exame
Victor Augusto

Prazer, Victor Augusto, 37 anos, acreano, jornalista e académico de direito. Por isso, criei este espaço onde compartilho minhas experiências e aprendizados. Afinal, acredito que conhecimento deve ser diário para nossa evolução. Por aqui, abordo assuntos sobre estilo de vida, com ênfase em levar uma vida baseada na informação, já que é minha área de formação e atuação.

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